Quando a escola enviou um e-mail falando que as aulas seriam suspensas por duas semanas, nós ainda acreditávamos que seria isso mesmo, duas semanas em casa e tudo ficaria bem. Acompanhávamos as notícias sobre a triste situação da Itália, por exemplo, e a gente pensava: "se eles tivessem ficado em casa logo no começo, estaria tudo bem, por isso vamos fazer certinho por aqui..."
Foi então que começou a ficar claro que nada seria unânime nesse episódio da pandemia no Brasil. Grande parte da população defendia que o país não poderia parar pois seria sua ruína, outra parcela afirmava que o mais importante seria salvar vidas e a economia seria recuperada depois. Aliás, essa polarização vem se intensificando desde as eleições de 2018, e a figura que assumiu a presidência do país naquele ano não tem contribuído em nada com relação a isso.
Voltando à escola, nós aqui decidimos que Joaquim não iria já naquele restinho de semana para a escola, uma vez que Ismael também não iria mais para a Universidade, iniciamos nossa quarentena um pouquinho antes.
Conforme os dias passavam logo percebemos que a ideia dos "quatorze dias" era bastante utópica. A escola logo começou um movimento para criar uma rotina remota para que os alunos não ficassem à deriva. Por enquanto estamos recebendo atividades enviadas por e-mail, para serem realizadas pelos alunos e enviadas novamente para a escola. Está sendo importante para manter uma ligação com os professores e até para ajudar na rotina aqui em casa. A quantidade de atividades é bem tranquila e Joaquim está tirando de letra.
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